Jogos Vorazes está na lista de obras não recomendadas

Apesar do fenomenal sucesso nas prateleiras das livrarias, a trilogia “Jogos Vorazes”, que já vendeu mais de 36,5 milhões de livros no mundo, parece não estar agradando a todos. Alguns pais e educadores questionam se esses livros deveriam estar nas prateleiras das bibliotecas. Pelo segundo ano consecutivo, a obra foi categorizada, segundo a Associação Americana de Bibliotecas, como “challenge”, isso quer dizer que ela recebeu uma grande quantidade de reclamações feitas por bibliotecas e escolas, que solicitam a remoção ou restrição do livro por conter “conteúdo impróprio”.

Na lista do ano passado, quando o primeiro volume da série vigorava entre os dez livros mais vendidos no mundo, já existiam queixas sobre seu conteúdo por haver “sexualidade explícita” e “material inadequado para jovens”, além de “violência”. À época, a autora doa série de livros, Suzanne Collins, reconheceu que sua história distópica não era para qualquer um. “As pessoas estavam conscientes sobre o nível de violência nos livros. Não é algo sem razão. Eles são violentos, é uma trilogia de guerra”, disse à agência de notícias “The Associeted Press”.

No novo estudo, que incluiu os dois livros mais recentes da trilogia (”Em chamas” e “A esperança”), as objeções foram mais variadas. As obras foram rotuladas como: “anti-étnica”, “anti-familiar”, “insensível”, “possuidora de linguagem ofensiva”, “satânica” e “violenta”. O livro ocupa, atualmente, a terceira posição no ranking dos “mais indesejados”, feito pela Associação Americana de Bibliotecas.

Barbara Jones, diretora da organização, acredita que a expectativa pelo filme “Jogos vorazes”, que estreou nos cinemas em 23 de março, se reflete nas críticas aos livros. “Existiam, por exemplo, reclamações sobre a escolha de atores para o filme. Pessoas diziam que alguém no livro tinha pele escura, coisa que não aconteceu no filme, ou o contrário”, comentou a diretora, segundo o site americano “Huffington Post”.

fonte: site oglobo.globo.com